Como o exercício físico ajuda a saúde mental

Atualmente, o condicionamento físico nacional em nosso país também se tornou um campo de pesquisa em voga, e a relação entre exercícios físicos e saúde mental tem recebido ampla atenção. No entanto, a pesquisa em nosso país nessa área ainda está em seus primórdios. Devido à falta de compreensão, reconhecimento e avaliação de teorias e práticas estrangeiras, a pesquisa tem sido dispersa, caracterizada por abordagens repetitivas e pouco precisas.

1. Exercícios físicos promovem a saúde mental.

Como um meio eficaz de melhorar a saúde física, o exercício físico inevitavelmente promove a saúde mental. A comprovação dessa hipótese vem inicialmente da psicologia clínica. Algumas doenças psicogênicas (como úlcera péptica, hipertensão essencial, etc.), quando acompanhadas de exercícios físicos, apresentam não apenas redução dos sintomas físicos, mas também melhora significativa dos aspectos psicológicos. Atualmente, as pesquisas sobre a promoção da saúde mental por meio de exercícios físicos alcançaram algumas conclusões novas e valiosas, que podem ser resumidas da seguinte forma:

2. Exercícios físicos podem promover o desenvolvimento intelectual.
O exercício físico é um processo ativo e dinâmico. Durante esse processo, o praticante deve organizar sua atenção e perceber (observar), lembrar, pensar e imaginar intencionalmente. Portanto, a prática regular de exercícios físicos pode melhorar o sistema nervoso central, aprimorar a coordenação entre excitação e inibição no córtex cerebral e fortalecer o processo de alternância entre excitação e inibição do sistema nervoso. Dessa forma, melhora-se o equilíbrio e a precisão do córtex cerebral e do sistema nervoso, promovendo o desenvolvimento da capacidade de percepção do corpo humano, de modo que a flexibilidade, a coordenação e a velocidade de reação do cérebro, bem como a capacidade de raciocínio, possam ser aprimoradas. A prática regular de exercícios físicos também pode desenvolver a percepção espacial e de movimento, tornando a propriocepção, a gravidade, o tato, a velocidade e a percepção de altura mais precisas, melhorando assim a capacidade das células cerebrais de funcionar. A pesquisadora soviética M.M. Kordjova utilizou um teste computadorizado com bebês de 6 semanas de idade. Os resultados mostraram que ajudar os bebês a flexionar e estender os dedos da mão direita com frequência pode acelerar a maturação do centro da linguagem no hemisfério esquerdo do cérebro do bebê. Além disso, os exercícios físicos também podem aliviar a tensão muscular e o estresse do dia a dia, reduzir os níveis de ansiedade, aliviar o mecanismo interno de tensão e melhorar a capacidade de funcionamento do sistema nervoso.

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2.1 Exercícios físicos podem melhorar a autoconsciência e a autoconfiança.
No processo de exercícios físicos individuais, devido ao conteúdo, à dificuldade e ao objetivo da atividade física, o contato com outros indivíduos que também praticam exercícios inevitavelmente leva à autoavaliação do próprio comportamento, imagem, etc., e a iniciativa individual de participar de exercícios físicos geralmente promove uma autoimagem positiva. Ao mesmo tempo, o conteúdo dos exercícios físicos praticados por indivíduos é baseado principalmente em seus próprios interesses, habilidades, etc. Eles geralmente são bem qualificados para o conteúdo dos exercícios, o que contribui para aumentar a autoconfiança e a autoestima individuais, podendo utilizar os exercícios como fonte de conforto e satisfação. A pesquisa de Guan Yuqin com 205 alunos do ensino fundamental selecionados aleatoriamente na província de Fujian mostrou que os alunos que participam regularmente de atividades físicas
Alunos do ensino fundamental que praticam exercícios físicos apresentam maior autoconfiança do que alunos do ensino médio que não participam de atividades físicas com frequência. Isso demonstra que os exercícios físicos têm um impacto positivo na construção da autoconfiança.

2.2 Os exercícios físicos podem aumentar as interações sociais e são propícios à formação e ao aprimoramento de relacionamentos interpessoais. Com o desenvolvimento da economia social e a aceleração do ritmo de vida.
Em grandes cidades, muitas pessoas sentem cada vez mais falta de conexões sociais adequadas, e os relacionamentos interpessoais tendem a ser indiferentes. Nesse contexto, a prática de exercícios físicos se tornou uma excelente maneira de aumentar o contato com outras pessoas. Ao participar de atividades físicas, as pessoas podem desenvolver um senso de intimidade umas com as outras, satisfazer suas necessidades de interação social, enriquecer e desenvolver seus estilos de vida, o que ajuda a aliviar os problemas do trabalho e da vida cotidiana, além de combater o estresse e a solidão. Na prática de exercícios, também é possível encontrar amigos com interesses em comum. Como resultado, isso traz benefícios psicológicos, contribuindo para a formação e o aprimoramento de relacionamentos interpessoais.

2.3 Exercícios físicos podem reduzir a resposta ao estresse
Exercícios físicos podem reduzir a resposta ao estresse, pois diminuem o número e a sensibilidade dos receptores adrenérgicos. Além disso, a prática regular de exercícios pode reduzir o impacto fisiológico de estressores específicos, diminuindo a frequência cardíaca e a pressão arterial. Kobasa (1985) destacou que exercícios físicos têm o efeito de reduzir a resposta ao estresse e a tensão, pois fortalecem a vontade e aumentam a resistência mental. Long (1993) solicitou que adultos com alta resposta ao estresse participassem de treinamentos de caminhada ou corrida, ou recebessem treinamento em prevenção do estresse. Como resultado, constatou-se que os participantes que receberam qualquer um desses métodos de treinamento apresentaram melhor desempenho no enfrentamento do estresse do que aqueles do grupo de controle (ou seja, aqueles que não receberam nenhum treinamento).
situações estressantes.

2.4 Exercícios físicos podem eliminar a fadiga.

A fadiga é um sintoma complexo, relacionado a fatores físicos e psicológicos. Quando uma pessoa se encontra emocionalmente desanimada ao realizar atividades, ou quando as exigências da tarefa excedem sua capacidade, a fadiga física e psicológica se instala rapidamente. No entanto, manter um bom estado emocional e garantir um nível moderado de atividade física durante a prática de exercícios pode reduzir a fadiga. Estudos demonstram que o exercício físico melhora funções fisiológicas como o desempenho máximo e a força muscular máxima, o que contribui para a redução da fadiga. Portanto, o exercício físico tem um efeito particularmente significativo no tratamento da neurastenia.

2.5 Exercícios físicos podem tratar doenças mentais
Segundo uma pesquisa de Ryan (1983), 60% dos 1750 psicólogos entrevistados acreditam que o exercício físico deve ser utilizado como tratamento para eliminar a ansiedade; 80% acreditam que o exercício físico é um meio eficaz para tratar a depressão. Embora as causas de algumas doenças mentais e o mecanismo básico pelo qual o exercício físico ajuda a eliminá-las ainda não estejam totalmente esclarecidos, o exercício físico como método de psicoterapia tem se popularizado internacionalmente. Bosscher (1993) investigou os efeitos de dois tipos de exercícios físicos no tratamento de pacientes hospitalizados com depressão grave. Uma das modalidades consistia em caminhada ou corrida, e a outra em jogos de futebol, vôlei, ginástica e outros exercícios físicos combinados com exercícios de relaxamento. Os resultados mostraram que os pacientes do grupo de corrida relataram redução significativa nos sentimentos de depressão e nos sintomas físicos, além de aumento da autoestima e melhora da condição física. Em contrapartida, os pacientes do grupo misto não relataram quaisquer alterações físicas ou psicológicas. Portanto, observa-se que exercícios aeróbicos, como caminhada ou corrida, são mais benéficos para a saúde mental. Em 1992, Lafontaine e outros analisaram a relação entre exercícios aeróbicos e ansiedade e depressão no período de 1985 a 1990 (pesquisa com controle experimental muito rigoroso), e os resultados mostraram que o exercício aeróbico pode reduzir a ansiedade e a depressão; tem um efeito terapêutico em casos de ansiedade e depressão leves a moderadas a longo prazo; quanto maior a ansiedade e a depressão dos praticantes de exercícios antes do exercício, maior o grau de benefício do exercício físico; após o exercício físico, mesmo que não haja aumento da função cardiovascular, a ansiedade e a depressão podem diminuir.

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3. A saúde mental contribui para o condicionamento físico.
A saúde mental é um fator que contribui para a eficácia dos exercícios físicos, um tema que há muito tempo atrai a atenção das pessoas. O Dr. Herbert, da Faculdade de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia, realizou um experimento nesse sentido: 30 idosos que sofriam de tensão nervosa e insônia foram divididos em três grupos: o Grupo A tomou 400 mg de carbamato, um sedativo. O Grupo B não tomou medicação, mas participou de atividades físicas com entusiasmo. O Grupo C não tomou medicação, mas foi forçado a participar de exercícios físicos que não lhe agradavam. Os resultados mostraram que o Grupo B apresentou os melhores resultados, com exercícios físicos leves sendo mais eficazes do que o uso de medicamentos. O Grupo C apresentou os piores resultados, não tão bons quanto o uso de sedativos. Isso demonstra que os fatores psicológicos nos exercícios físicos têm um impacto significativo nos efeitos sobre o desempenho físico e os benefícios para a saúde. Especialmente em esportes competitivos, o papel dos fatores psicológicos está se tornando cada vez mais importante. Atletas com boa saúde mental são mais ágeis, concentrados, têm uma percepção clara, são rápidos e precisos, o que contribui para um alto nível de habilidade atlética; por outro lado, a falta de saúde mental prejudica o desempenho em competições. Portanto, nas atividades físicas nacionais, é muito importante saber como manter uma mentalidade saudável durante a prática de exercícios.

4. Conclusão
A prática de exercícios físicos está intimamente ligada à saúde mental. Ambas se influenciam e se limitam mutuamente. Portanto, no processo de prática de exercícios físicos, devemos compreender a dinâmica dessa interação, utilizando princípios da psicologia saudável para garantir os efeitos benéficos do exercício; utilizar os exercícios físicos para equilibrar o estado mental e promover a saúde mental. É fundamental conscientizar a população sobre essa relação, incentivando a participação ativa em atividades físicas que visam o equilíbrio emocional e a promoção da saúde física e mental, contribuindo para a implementação do programa nacional de condicionamento físico.


Data da publicação: 28/06/2021